Existem várias razões que me fizeram escolher a Ayurveda como profissão e eu me sinto honrada por também ter sido escolhida por ela.
Quando exercemos uma terapia holística, o conhecimento, as técnicas são imprescindíveis, por isso a necessidade de estudar, de praticar, de se fundamentar...
Existe também um pré-requisito essencial, que vai além de toda a sabedoria que você possa adquirir, que é a sensibilidade manifestada através da empatia.
Quando você trabalha com o outro e se dispõe a trazer ferramentas para mudar a vida do outro, nada mais importante do que você se colocar no lugar do outro. Não adianta o terapeuta empurrar um arsenal de informações e aconselhamentos que o outro não terá capacidade de pôr em prática.
O que é fácil para alguns pode soar como impossível para outros.Trabalhar com humanos é reconhecer essas diferenças.
Quando você propõe mudanças de hábitos, sejam eles na rotina , alimentação, etc... Você propõe que uma estrutura seja desestabilizada, os alicerces dessa estrutura são profundos e foram formados muitas vezes durante a infância do paciente.
Esses hábitos, por mais nefastos que sejam, promovem uma certa segurança. Ao repetir diariamente os mesmos hábitos , indicamos ao cérebro que estamos em ambiente seguro e que temos "controle" da situação e isso traz conforto emocional.
Quando mudamos a nossa rotina, o maior empecilho certamente virá do emocional que irá pôr barreiras para que essa estrutura não seja abalada.
E qual o meu papel enquanto terapeuta ?
Antes de tudo é sentir, é tentar entender a configuração da vida do paciente. Pois é isso que indicará por onde iremos começar e a forma que escolherei guiar...
É tentar mostrar a importância de ultrapassar as barreiras emocionais, pois qualquer mudança por mais insignificante que seja trará inúmeros benefícios a longo prazo. E para cada um, o método será diferente...
Porque é assim que é a Ayurveda, particular e peculiar na sua forma de agir.
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